Chamado de painéis de terceira geração, o filme solar orgânico acaba de ganhar uma fábrica no Brasil. Empresa criada para produzir e comercializar essa tecnologia, investiu R$ 100 milhões na unidade localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais, e com capacidade para produzir mais de 300 mil metros quadrados por ano de filme solar orgânico. Com vocação para geração distribuída, o objetivo da tecnologia é gerar energia ao mesmo tempo em que integra o produto na vida das pessoas e nas cidades.
O peso do produto é um diferencial. De acordo com a empresa, um rolo com plástico impresso de aproximadamente 1 quilômetro de comprimento pesa da ordem de 30 a 40 quilos e gera uma energia onde em um painel de silício pesaria mais de uma tonelada. A estimativa é da ordem de 100 kWh por metro quadrado por ano. O filme plástico orgânico pode ser integrado na rede como qualquer painel fotovoltaico e, além de ser leve, flexível e transparente, tem o coeficiente de temperatura positivo, ou seja, quanto mais quente, melhor o seu funcionamento. Parecido com um insufilme, pode ser colocado em fachadas ou janelas, carros, mobiliário urbano e coberturas que não aguentariam o peso de um painel fotovoltaico tradicional como os galpões metálicos.